Também na altura de criação alguma aveia descascada para engordar um pouco as aves e também 3 vezes por semana germinado da Pet Cup.
Preparação do meu Germinado pas minhas aves
Papas Orlux Secas e húmidas
Também dou aos meus canários na altura dos filhotes
E também sempre nas minhas aves Grit da Pet Cup
SINTOMAS DAS DOENÇAS MAIS COMUNS NOS CANÁRIOS
ENTERITE:
Dores abdominais, diarreia, plumas da cloaca sujas pelas fezes, estrias de sangue. Abdómen duro, vermelho violeta. Pára de cantar. Tem muita sede. Emagrecimento rápido.
INDIGESTÃO / CONSTIPAÇÃO:
Ventre inchado. Fezes duras, cloaca inchada e de cor vermelha. Dificuldade de evacuação.
COLIBACILOSE:
Sonolência. Falta de apetite. O pássaro se retira para um canto da gaiola. Diarreia esverdeada que deixa as penas ao redor da cloaca sujas. Vómitos frequentes de alimentos misturados a uma substância e a um fluido esverdeado. Nesses casos a mortalidade é muita elevada entre o primeiro e o segundo dia.
SALMONELOSE:
Na forma fulminante o pássaro se retira para um canto da gaiola e fica a dormir, com as penas soltas, asas caídas e com a respiração ofegante. Morte repentina. A parasitose em forma fulminante tem incubação de 1 a 3 dias. Nota: Durante a criação deve ser evitado o uso indiscriminado de produtos com sulfa, porque esterilizam o macho por 22 dias aumentando bastante o risco de complicações com Cândida.
Na forma aguda o pássaro pára de cantar. Falta-lhe vivacidade e o mesmo se retira para o canto da gaiola com as penas eriçadas e os olhos semi-cerrados. Inapetência, muita sede e diarreia verde-amarelada. Cloaca suja de fezes, ventre inchado e respiração ofegante. Além dos medicamentos indicados no caso precedente, dar sulfas com os cuidados recomendados. Os pássaros que conseguem ser curados ficam por via de regra, portadores de germes.
STREPTOCOCOS:
Sono contínuo. O pássaro se isola em um canto da gaiola. Cloaca suja pela diarreia. Emagrecimento rápido. Respiração ofegante. A cauda e as asas caídas. Aumento do ritmo respiratório, bico aberto. O pássaro pode, de tempos em tempos, emitir ruído agudo.
TIFOS:
Asas caídas, penas soltas e diarreia verde. Mortalidade muita elevada e rápida, entre 12 e 24 horas.
HEPATITE:
Falta de apetite ou fome exagerados. Manchas violáceas no ventre, com hipertrofia do lóbulo hepático Recomenda-se suspender a papa e manter somente alpista.
VARIOLA / BOUBA:
(Forma Aguda) A princípio, não apresenta nenhum sintoma particular. O pássaro fica apático e se retira para um canto da gaiola com as penas eriçadas e respiração difícil. Na chamada forma diftérica o vírus provoca o aparecimento de pequenas placas como se fossem membranas branco amareladas na boca e nas vias respiratórias causando sérios problemas. Neste caso a antibioticoterapia é geralmente ineficaz; a única acção válida é preventiva por vacinação.
(forma crônica) A princípio, a queda de pequenas penas ao redor dos olhos. As pálpebras engrossam. Pode parecer plefarite com secreção purulenta que fecha o olho. Lesões epiteliais típicas da varíola. Furúnculos com até 5mm de diâmetro, de cor amarelada/esbranquiçada cheios de líquido purulento. Por vezes eles se cobrem de uma membrana que parece casca e atinge com mais frequência a fixação do bico junto a cabeça e cavidade interna do bico, faringe e ouvidos. As generalidades dos sintomas são aquelas da forma aguda.
CORIZA:
Falta de vivacidade, anorexia, corrimento de cerume das narinas, que pode se tornar um ranho purulento, continuamente frequente, com tosse. Respiração difícil.
DOENÇA RESPIRATÓRIA:
(crônica) - D.R.C Dificuldade de respiração, espirros, corrimento nasal e ocular. Esta doença é bastante semelhante a coriza.
SINUSITE INFECCIOSA:
Corrimento frequente das narinas e dos olhos que ficam injetados com inchação ao seu redor, podendo apresentar pus. O pássaro não come e permanece com a cabeça em baixo das penas recolhido num canto do poleiro ou no fundo da gaiola. Esfrega, seguidamente, o bico contra o poleiro ou arame. Respiração difícil. Lavar as narinas e olhos com água morna.
PNEUMONIA:
Falta de vivacidade. Respiração difícil. O bico pode ficar com uma cor violeta. O pássaro coloca a cabeça para trás debaixo da asa. A cauda acompanha o ritmo respiratório.
AEROSACULITE:
Respiração difícil e ruidosa com silvos pronunciados. Falta de vivacidade, o pássaro fica infértil e não canta.
ASMA:
Respiração difícil com acesso asmático muito intenso e frequente. queda do poleiro; morte por asfixia. Nos casos muitos graves, imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas. Respiração acelerada intermitente com emissão do pequemos gemidos.
MUDA ANORMAL:
Muda de penas fora de tempo, irregularidade na formação das penas ou quedas contínuas. Identificar e sanar o problema que pode ser: Mudanças bruscas de temperatura; excesso de calor ou frio; local muito húmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; Stress; baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade artificial. Identificada a causa, administrar boa papa enriquecida com vitaminas e minerais diariamente.
TEIGNE:
Manchas redondas ao redor das pálpebras, perto do bico ou ainda nos ouvidos com formação de escamas secas. Desinfectar bem a gaiola.
PARASITOSE EXTERNA:
Queda de plumagem, emagrecimento, anemia demonstrando as patas pálidas e olhar comprimido.
PIPOCAS DA PATAS:
Inchação das juntas e furúnculos nas patas. Aplicar pomada.
STREES:
O pássaro fica sonolento, abatido. Muito especialmente ao retornar de exposições ou viagens longas. Tumulto dentro do canaril provoca agitação nos pássaros, causando-lhes stress.
INFERTILIDADE:
Ovos claros, o pássaro não entra em forma para reprodução . A fêmea recusa sempre o macho ou vice versa. Vitaminas e alimentação sadia devem ser oferecidos aos pássaros para que na época da reprodução estejam em forma. E recomendável administrar Vitamina "E" .
CANDIDIASE:
Penas arrepiadas, falta de apetite, dificuldade para ingerir alimentos, vómitos e as vezes diarreia.
COCCIDIOSE:
A cossidiose raramente provoca mortes rápidas. As penas ficam eriçadas, a ave fica abatida surgindo 0 osso do peito saliente, chamado de peito de falcão. Desidratação e diarreia com fezes com estrias de sangue ou de coloração bem escura.
ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA:
O tratamento é difícil; o ideal é prevenir tratando as sementes com um alumínio silicato (sequestrante). Movimento de cauda acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita frequência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa. Não há tratamento satisfatório com medicamentos específicos.
ÁCAROS RESPIRATÓRIOS:
Acesso asmático repentino, porém mais frequente à noite e à tardinha, ou depois de se alimentar. Respiração penosa, sibilante, com assobio. Acesso de tosse com expectoração contento muitas ácaros. Plumagem em desalinho, abertura do bico sincronizada com os movimentos respiratórios. Após as crises, os pássaros voltam ao estado de aparente normalidade. A presença de ácaros respiratórios Sternostoma Traqueacolum - ocorre, em maior ou menor grau, na maioria dos criadouros. Isolar o pássaro doente. Desinfectar as gaiolas todos os dias. Aplicar vacinação adoptando o processo de arrancar algumas penas da coxa do pássaro, esfregando, levemente, uma gota de Ivomec. A medição deve ser repetida 15 dias após e na segunda aplicação da vacina não havendo melhora do pássaro, o mesmo não está acometido de ácaros, devendo ser tentado outro tratamento.
CARÊNCIA DE VITAMINAS:
Falta vigor, queda de penas fora de época e falta de apetite. Os machos não cantam e de modo geral pássaro fica adormecido durante o dia no fundo da gaiola.
DOENÇA DA FACA:
A doença da faca é o nome vulgar de várias doenças, entre elas uma causada por parasitas protozoários do grupo dos Coccidios, a coccidiose. Os Coccicdios são protozoários que se multiplicam nas células intestinais. Por vários factores, como por exemplo: stress, mudança brusca de temperatura, alimentação deficiente ou troca de ração ou falta de algumas vitaminas, os Coccidios começam a se multiplicar no intestino, causando lesões consideráveis no epitético intestinal, o que vai causar com que o pássaro diminua sua capacidade de absorção dos nutrientes. Esta diminuição da absorção dos nutrientes causa muita fome na ave, o que leva a ave a comer desesperadamente, daí a frase "morreu dentro do comedor comendo". Esta deficiência leva a um estado de desnutrição aguda, os músculos peitorais são "queimados" para gerar energia, na tentativa de salvar o organismo, mas sempre em vão, o que leva ao quadro de "peito em facção" ou "doença da faca", em seguida o óbito.
Tem cura? em alguns casos e dependendo do estado da ave sim !
Temos vários problemas:
1 - Diagnóstico - é muito difícil diagnosticar Coccidios, pois as vezes estão na fase intracelular, o que não gera oocistos nas fezes.
2 - Os medicamentos disponíveis tem uma certa especificidade, as vezes podem ocorrer espécies do parasito que não são sensíveis a um determinado medicamento.
3 - Temos que entender que existem Coccidiostáticos e Coccidiocidas. Coccidiostáticos não matam os coccidios apenas o mantém dentro das células intestinais sem se multiplicar e sem lesionar o epitélio. Os coccidiocidas actuam matando os coccidios. Muitas vezes o medicamento é o mesmo, apenas a baixa dosagem por um tempo longo actua como coccidiostático e uma dose mais alta por curto período actua como coccidiocida.
A prevenção é a maior arma contra a coccidiose, mantendo a higiene do Canaril e fazendo uso de medicamentos preventivos.
OVO PRESO:
Esta é uma doença fisiológica que afecta as fêmeas. Todas as épocas existem criadores que se queixam de perder fêmeas com ovos presos ou atravessados. A causa disto é quase sempre reprodutores em má condição física aliada a uma falta de cálcio na fêmea devido a posturas demasiado intensas.
A hipocalcémia (falta de cálcio no sangue) surge facilmente quando a fêmea tem de ir buscar e mobilizar as reservas de cálcio nos ossos para a formação da casca do ovo. Quando mantidas em gaiolas as aves devem ter sempre disponível um bloco de minerais ou então concha de choco. Isto e luz solar directa são geralmente meio caminho andado para evitar perder fêmeas deste modo.
Mesmo assim quando notamos que uma fêmea em postura está em dificuldades, se aninha no ninho encolhida e está pouco activa podemos recorrer a um remédio muito eficaz que consiste numa solução de Cálcio líquido a 10% (que podemos adquirir na farmácia), 1 colher de café de açúcar (ou glucose) duas gotas de AD3EC e uma gota de colina para 50ml de água (um bebedouro normal). Esta mistura aplicada no bico da fêmea e colocar esta num local aquecido durante algum tempo produz geralmente resultados imediatos, pois a mistura de Cálcio com a vitamina D3 e açúcar é rapidamente absorvida repondo os níveis normais no sangue e facilitando a contracção muscular para que o ovo saia.
Quem tiver problemas em encontrar cálcio líquido pode usar cálcio em pó dissolvido na água, o que se arranja facilmente raspando uma concha de choco para dentro de um bebedouro. Quase sempre dá bons resultados e em casos menos graves se colocarmos a fêmea logo no ninho dentro de pouco minutos o ovo está posto e o assunto resolvido. É um bom método continuar a fornecer cálcio e AD3EC na água de bebida durante mais 2 a 3 dias. Nestas situações a fêmea pára de pôr geralmente por uns dois dias, o que não é de estranhar, devemos mesmo fazer com que esta pare de pôr separando o casal ou tirando os ninhos pois puxar mais pela fêmea enfraquecida não trará bons resultados.
Preparação para criação
Ø Lavar todo o material destinado a reprodução (ninhos.....)
1> - 30 dias
antes da desparatização, dou 15 dias seguidos de FUNGIZONE 10% na quantidade de
1mml por ltr. De aguá.
2> DESPARASITAR- Tenho usado
o CCVER na água durante 1 dia e dou de seguida complexo B durante 3 dias.
Repito este tratamento 8 dias depois.
3 semanas, antes do acasalamento, faço: 5 dias seguidos de
THERAPRIM e COXI-PLUS na aguá e dou de seguida 3 dias de complexo B.
Na semana seguinte dou: Pré-bioticos e Probióticos (reforça
os intestinos)
LUZ, CALOR E HUMIDADE.
Durante os dois meses de preparação deve-se preocupar com
dois pontos muito importantes e um terceiro acessório. O mais importante e o
tempo de iluminação. Se pretende criar mais cedo, deve prolongar
progressivamente a iluminação, ao ritmo de meia hora por semana, a fim de que
os pássaros disponham de claridade de 13 a 14 horas por dia. A luz tem uma ação
directa sobre a hipófise e o seu dicionário confirmara que esta glândula produz
numerosos hormônios e, em particular, o do crescimento.
Após a construção do ninho, devera ter 15 horas de
iluminação, para passar a 16 horas, assim que nascerem os filhotes.
Os pássaros, machos e fêmeas, reagem a este prolongamento de
luz e sentem que dispõem de um número de horas suficientes para alimentar a
ninhada.
Um segundo ponto importante e a temperatura, quando da
colocação para a procriação, 12 a 14’”C podem ser suficientes. Aqui também e
preciso aumentar progressivamente e obter uma temperatura entre 15º e 18º C,
após os primeiros nascimentos.
CRIAÇÃO
O período de criação de canários e uma época de exaltação
para o criador, mesmo para aqueles que tem contratempos.
Antes da procriação são desenvolvidas actividades incomuns, o
conjunto de gaiolas e de viveiros necessitam ser lavados e desinfectados,
seleccionam-se cuidadosamente os casais e todo e qualquer outro tipo de
preparativo julgado necessário pelo criador e realizado.
Os resultados obtidos são frequentemente parcos em relação
aos esforços despendidos, pois numerosos são os problemas que aniquilam
frequentemente os mais belos exemplares; ovos não fecundados, filhotes mortos
no ovo, ou após dois ou três dias de vida, etc...
Na maioria dos casos o criador pode encontrar a razão para
tal e ouvir então: «minhas fêmeas não alimentam», «o clima e impróprio», quando
não é a papa de criação que e colocada sob suspeita, ou qualquer outra coisa.
Ao contrario, o que ouviremos raramente e um criador admitir
ser o único responsável de seu fracasso. Jamais nos esqueçamos que na natureza
o instinto das aves faz com que procurem aquilo de que tem necessidade para
criar seus filhotes e que todo o ser vivo nasceu para se reproduzir.
Nas criações nossos pássaros deveriam sempre se contentar
com o que colocamos as suas disposições. Seguindo este raciocínio, deveremos
preparar as aves para a criação da maneira mais adequada possível. A preparação
dos pássaros deve começar dois meses antes de colocar as fêmeas nas criadeiras.
A selecção dos reprodutores será mais fácil se entre a
separação dos filhotes e a escolha dos futuros reprodutores, os pássaros forem
beneficiados por um programa de cuidados o qual abordaremos posteriormente.
Para machos e fêmeas, desde a separação até o acasalamento, três pontos devem
merecer toda a nossa atenção:
1) as vias
respiratórias;
2) o aparelho
intestinal; e
3) os órgãos
genitais.
1º ponto – As vias respiratórias.
Dois meses antes de colocar os pássaros em gaiolas
criadeiras, deveremos nos preocupar com suas vias respiratórias. Uma ave que
tem problema a este respeito, mesmo que pequeno, raramente terá resultados
satisfatórios.
Como não podemos auscultar a todas, aquelas que forem
escolhidas para a reprodução serão objeto de um tratamento de cinco dias.
Utilizamos o TylanOR em pó. Este produto deve obrigatoriamente ser administrado
dois meses antes das colocação das fêmeas para a procriação. A dose preventiva
e uma colher das de café diluída em um litro d’água.
Esta dose é suficiente porque há duas outras épocas do ano
em que igualmente nos preocuparemos com este problema. Se você tiver realmente
este problema, poderá dobrar a dose.
Outros produtos também são bons, já experimentamos muitos,
mas, tal como muitos amigos, sempre voltamos a esse.
2º ponto - Aparelho intestinal Todos os nossos pássaros são
portadores de coccídeos.
Quando a concentração de dez mil coccídeos por grama for
ultrapassada os pássaros ficam doentes. Se o número se situar entre 5 e 10 mil,
os pássaros parecem estar com boa saúde, entretanto os filhotes não resistirão.
Para ter um desenvolvimento harmonioso de um filhote, e preciso que os
excrementos de seus pais contenham menos do que 5 mil coccídeos por grama. Como
fazer? Substâncias coccidiostáticas não faltam: Coccidex, Whitsyns, S’MezO~,
Vetococ (N.do T. – produtos comerciais na Bélgica) e tantos outros produtos
poderão ser aconselhados por seus farmacêuticos ou veterinários.
A posologia informara sobre a dose a ser administrada.
A experiência nos ensinou que 5 dias, pelo menos, de dose
preventiva evitará de realizar controle dos excrementos dos pássaros. Não
esqueça jamais que pássaros com aparente boa saúde tem necessidade deste
tratamento, que deve ser efectuado dois meses antes de se colocar as fêmeas em
gaiolas criadeiras.
3º ponto – Aparelho Genital: Os diferentes conselhos nos
foram dados pelo veterinário presidente de honra de um Clube de Canários de Cor.
Os pássaros têm ao nível do aparelho genital o que chamamos
de germes banais. O termo banal nos parece adequado porque eles parecem não
afectar o comportamento do pássaro.
Infelizmente esses germes banais são a causa de ovos não
eclodidos e de mortes nos primeiros dias. Não se esqueça que a fêmea vê coisas
que não vemos. Ela não alimentara um filhote doente. Esta teoria foi verificada
muitas vezes.
Criadores, tendo problemas no começo de criação, fizeram um
tratamento contra germes banais e a sequência se desenvolveu normalmente.
Infelizmente não posso indicar um produto, pois trata-se de uma preparação a
ser obtida com o auxilio de um veterinário.
Entretanto se for colocado o problema para um veterinário
ele poderá ajudar. Não tenha medo quanto à dose, pois dobraremos e a
administramos durante 5 ou 6 dias que antecedem a colocação de nossas fêmeas
nas gaiolas criadeiras.
Neste momento poderíamos dizer que as fêmeas estão isoladas
e receberam o que precisavam. Ao assegurarmos a sobrevivência dos filhotes não
solucionaremos o problema de ovos não fecundados e de outros contratempos que
podem aparecer. Por exemplo, piolhos nos ninhos, penas arrancadas, etc..
O ninho, seja de plástico ou de cerâmica, deve ser
pulverizado 24 horas antes com BaygonO~ verde, um produto da Bayer (vendido em
farmácias). Você estará tranquilo por dois meses e protegido de todo insecto. E
preciso recomeçar a operação uma segunda vez, assim que os filhotes deixarem a
criação.
Como material utilize o sisal, o seu fabricante pode ter
restos, daí nada custarão. Estas cordas deverão ser cortadas em pedaços de 5 ou
6 cm e desfiadas. Elas se adequarão perfeitamente aos pássaros.
Antes de colocar a fêmea na criadeira é hora de lhe cortar a
ponta das unhas e de desnudar a cloaca com tesoura, sobretudo para canários
nevados.
Por que cortar as unhas? Porque nas ninhadas de 4 ou 5
filhotes estes formam uma bola sedosa. Se a fêmea estiver um pouco assustada e
sair bruscamente do ninho, ela pode, com as unhas bem pontudas, carregar um
filhote com ela e derrubá-lo no fundo da gaiola.
Se isto acontecer um pouco antes do final do dia, na manhã
seguinte, quando você o encontrar, será evidentemente muito tarde. Se este
acidente acontecer durante o dia e você descobrir relativamente cedo, coloque o
filhote na palma da mão e sopre-o com ar quente. Frequentemente você recupera a
vítima. Com as unhas da fêmea cortadas este problema e muito raro acontecer.
Desnudar a cloaca evitará que os machos eliminem o esperma
nas penas e, consequentemente, os ovos não serão fecundados.
Os machos devem ter o mesmo tratamento pelas mesmas razões
que as fêmeas e o fato de que o macho com as unhas muito pontudas pode ferir a
fêmea na hora da fecundação, esta se esquiva e você terá novamente ovos não
fecundados.
A DIETA
Durante a preparação dê farinhada às fêmeas, mas não muito,
os potes de farinhada devem estar vazios ao meio dia, os pássaros são sobretudo
comedores de sementes. Entretanto as boas rações contêm elementos de que tem
necessidades.
Ao contrário, os machos que não tem que acumular as mesmas
reservas, receberão um suplemento de cânhamo em sua mistura de sementes, a fim
de colocá-los em condição máxima. Geralmente é suficiente uma colher das de
café para um equivalente a 3 ou 4 colheres das de sopa da mistura de sementes.
Tenha o cuidado de manter os pássaros machos e fêmeas no
mesmo local a fim de que eles se beneficiem juntos e ao mesmo tratamento nas mesmas condições.
ACASALAMENTO
INCUBAÇÃO, NASCIMENTO DOS FILHOTES, REGISTO.
Os casais devem ser formados obedecendo a critérios de
acasalamento e aqui a genética traz importante contribuição, podendo afirmar-se
que é fundamental, no desenvolvimento de um plantel.
Não cabe aqui descrever os acasalamentos correctos, pois as
variedades de cores, mutações combinadas, passam de 400. Sugiro que leia
artigos sobre acasalamentos.
Recomenda-se que durante o período de cria as laterais das
gaiolas sejam vedadas evitando que um casal interfira com o outro.
Deixamos nossas fêmeas sozinhas, bem preparadas, em suas
criadeiras completas. Rapidamente a fêmea vai nos indicar que está pronta. Ela
se torna febril, nervosa, movimentando-se sem parar, bicando as patas ou o anel
e transportando no bico uma pena ou qualquer outra coisa que encontre. Visita
cada vez mais o seu ninho e se você a tomar nas mãos verá que ela apresenta o
ventre bem desguarnecido, normalmente apresentando uma camada de gordura que
será a sua reserva. E preciso então dar-Lhe materiais para confeccionar o seu
ninho, como já vimos, é indicado colocar pó contra os piolhos nos ninhos e
mudá-lo quando estiver muito sujo. etc.. Aconselhamos as fibras de sisal, que
não contém ácaros, normalmente abundantes. Essas fibras permitem ninhos bem
brancos e também perfeitamente redondos no fundo, o que facilita o trabalho da
fêmea para virar seus ovos.
A fêmea estando "pronta", começará a puxar os fios
e a movimentar- se intensamente, batendo as asas. Vão iniciar o clássico namoro.
Alguns beijos ou até mesmo alimentos são trocados pela grade. Após estes dias
de namoro, esperar dois ou três dias, aí sim, podemos juntar o casal, que
normalmente se aceitarão reciprocamente. Há o caso de recusa por parte do
pássaro ainda não convenientemente preparado para o acasalamento. As brigas não
são raras e se frequentes é melhor separá-los colocando a divisória. Alguns
casais não se adaptam definitivamente, sendo necessário a troca de um dos dois.
Assim que a fêmea começa a tecer o seu ninho - geralmente na
borda do ninho, pois e por aí que começa – e hora de introduzir o macho
cuidadosamente escolhido.
Normalmente ele é colocado à noite, pois pela manha são mais
frequentes as cópulas, ocorrendo mais frequentemente à fecundação. Atenção,
algumas fêmeas se contentam em depositar apenas raminhos no fundo do ninho.
Quando o primeiro ovo é posto, retire-o e troque-o por um
postiço (de plástico) até o 4º ovo. Após recoloca os 4 ovos e as eclosões se
farão 13 ou 14 dias após, a contar da manhã seguinte daquele dia. Este método
oferece a vantagem (todos os filhotes nascerão no mesmo dia). Esse ovo postiço
e muito útil nos primeiros dias, antes da colocação do anel, em uma ninhada de
4 ou 5 filhotes, servindo de apoio para a cabeça, evitando assim o esmagamento
no fundo do ninho.
Entre o 5º e o 7º dia de incubação será preciso verificar se
todos os ovos estão fecundados, para evitar que as fêmeas choquem inutilmente
ovos “brancos” ou “vazios”.
A partir do início do choco é preciso retirar o macho ou
não?
As opiniões são muito diferentes. Se houver a necessidade
dele em outro acasalamento.
NASCIMENTO DOS FILHOTES
Os ovos não eclodidos poderão ser colocados numa pequena
panela com água morna e se mexerem pode ter certeza que na manhã seguinte
eclodirão. Porém, ao contrario, se não mexerem, você verificará que o embrião
não se desenvolveu. Por que? Desde as primeiras eclosões verifique os ninhos
diariamente.
Observar ATENTAMENTE se a canária está alimentando os
filhotes, havendo a possibilidade de serem más criadoras. Uma manobra
interessante está em retirar o ninho com os filhotes e pendurá-lo na parte
externa da gaiola, por 5 (cinco) a 10 (dez) minutos, obrigando a canária a se
alimentar para satisfazer posteriormente os filhotes.
Quando se trata da canária preguiçosa o criador terá que
utilizar pequenos palitos, com a ponta chanfrada para colocar os alimentos
pastosos na boca dos filhotes. Deve-se fazer isto em último caso, pois eles, os
filhotes, necessitam receber os alimentos já emulsionados com os sucos e enzimas
digestivas vindas dos pais.
Nos primeiros dias somente a fêmea alimenta os filhotes,
sendo que o macho só vai auxiliar nesta tarefa, quando os filhotes estiverem
maiores.
Sendo feliz, um casal poderá gerar em média de 10 (dez) a 12
(doze) filhotes no final da estação de cria. Os maiores índices de morte
ocorrem nos 3 (três) primeiros dias, diminuindo até o 6º (sexto).
Após estes dias, as chances de se perder um filhote, são
mínimas.
1.
Desenvolvimento até o Sétimo Dia.
Quando o desenvolvimento se faz normalmente, os filhotes
exibem a penugem solta e fofa como um chumaço de algodão. Também está sempre de
"papo" cheio e ao menor movimento do ninho, mostram-se ativos e abrem
o bico solicitando comida.
Se isto não ocorre, algum problema está acontecendo: ou
estão mal alimentados ou já apresentam comprometimento de sua saúde. As fêmeas
que exibem a plumagem do ventre molhada demonstram que os filhotes estão com
diarreia.
Não se justifica molestar as fêmeas para que saiam do ninho
com frequência, pois poderá ocorrer até mesmo o abandono da ninhada. Procure
inspeccionar o ninho quando as fêmeas estiverem fora do mesmo.
Uma causa frequente de falta de desenvolvimento é os
"vermelhinhos" (piolhos). Os filhotes ficam fracos, pálidos e
terminam por morrer mesmo de papo cheio.
Quando tudo corre bem, aos 7 dias de vida os filhotes já
exibem os primeiros cartuchos de penas e seus olhos estarão abertos.
ANILHAMENTO OU ANELAMENTO
Embora não seja uma prática universal, pois os ingleses não
anelam algumas raças de porte e mesmo assim realizam concursos de pássaros
desprovidos de anilhas, o anilhamento é a modalidade mais prática para
manter-se o registo de qualquer ave.
O anel, ou anilha, quando do tipo fechado e de diâmetro
compatível com a ave, garante a legitimidade da sua criação em cativeiro e
permite que o criador possa participar dos concursos oficiais. Em PORTUGAL é
obrigatório o anelamento para qualquer pássaro de concurso.
Os anéis de cunho oficial são obtidos através de clubes
registados ( meu caso, AOC COIMBRA)
Deve ser colocado entre o 5º e o 7º dia, obedecendo à
seguinte técnica:
v Passa-se primeiro os 3 dedos dianteiros e faz-se avançar a
anilha.
v Dobrando-se o dedo posterior de encontro ao tarso (perna),
prossegue-se com o anel até que se consiga puxar o dedo para frente, deixando
livre o anel.
v Uma vez anelado e após o crescimento da ave, não será
possível retirá-lo a não ser cortando-o. Também, não será possível anilhar uma
ave adulta sem adulterar o anel (alargando-o ou usando anel de diâmetro
superior ao indicado.
2. Separação dos
filhotes
Entre o 15º e 20º dias os filhotes começam a deixar o ninho.
A saída prematura é indesejável e representa algum tipo de problema. O menor
deles é quando o filhote se assusta e salta fora do ninho. Recomenda-se não
trocar o ninho após o 12º dia.
Filhotes quando mal nutridos tendem a sair precocemente do
ninho em busca de alimentação (atrás dos pais). Nestes casos não há muito o que
fazer e, tentar recolocá-los de volta, é pura perda de tempo.
Por outro lado, os bens criados, deixam o ninho de modo
tranquilo, completamente emplumados e sem mostrar desespero por alimentação.
Esta fase costuma ser crucial para o futuro dos pretensos "Campeões".
Acontece que, de um modo geral, tende a ocorrer a debicagem
dos filhotes para a confecção do novo ninho. Algumas fêmeas deixam
completamente desnudos seus filhos o que representa uma tragédia para o futuro:
dificilmente se formará uma plumagem normal.
Ao se perceber os primeiros sinais de debicagem o criador
deve interferir, seja separando os filhotes com uma grade divisória, seja
fornecendo material para confecção do novo ninho. Sugerimos que os filhotes
passem a metade do dia com o macho e a outra metade sozinhos. Colocando-se a
farinhada de ambos os lados tanto a fêmea quanto o macho tratarão dos filhotes
e ainda estaremos proporcionando a oportunidade para que o macho fertilize a
fêmea, quando estiverem juntos.
Quando os filhotes estiverem a comer sozinhos é chegada a hora da separação.
Geralmente, ocorre entre o 25º e 30º dias. Separados deverão ser colocados em
uma voadeira de modo que possam se exercitar e serem levados para os
"banhos" de sol e água.
Observar se estão sadios e se estão comendo sozinhos.
RESUMO - CUIDADOS COM OS FILHOTES
Ø FILHOTES ATÉ O 3º
DIA
Esta é a fase mais crítica da criação.
É nela que ocorre o maior índice de mortalidade. Então todo
cuidado é pouco. As providências mais imediatas são:
Ofereça comida macia ao casal, tais como: papa duas vezes ao
dia – maçã, jiló - semente de aveia descascada.
Porém não invente! É que acontece que alguns criadores
colocam tanta variedade de coisas nas gaiolas que ficam mais enfeitadas do que
carro abre-alas das escolas de samba. E depois ficam se perguntando porque os
filhotinhos ficaram com diarreia ou porque eles não vingaram . E o pior, culpam
a fêmea, coitada!
Assim, neste período não use verduras (podem causar
diarreias) nem pão embebido em leite, pois este azeda muito rapidamente.
Ø FILHOTES DO 4º ao
7º DIA
Neste período os filhotinhos continuam crescendo muito
rapidamente e sua necessidade de comida e cada vez maior. Entretanto uns
crescem mais do que outros e se tornam cada vez mais gulosos. Este é o Principal
motivo pelo qual, deveremos inspeccionar mais cuidadosamente o ninho para
verificar se as crias, estão com
tamanhos semelhantes. Se algum deles estiver com tamanho maior ou menor,
troque-o de ninho.
A oferta de comida ao casal deve continuar a mesma dos três
primeiros dias. Podendo acrescentar ao cardápio do casal algumas verduras uma
vez ao dia como: chicória, ou almeirão, ou couve. O alface é desaconselhável,
pois pode provocar diarreias, além de possuir grande grau de toxidade provocada
por agro tóxicos. Entre o 5º e 7º dia deverá anilhar os filhotes.
Ø FILHOTES DO 8º ao
18º Dia
Nesse período começamos a notar uma definição maior das
penas tornando o filhote com aparência mais bonita. E nesta ocasião que o
acumulo de fezes começa a ser percebido com maior intensidade na borda do
ninho, já que a fêmea não mais se preocupa com a limpeza do mesmo. Será
interessante que o ninho seja trocado por outro limpo quando este excesso
ocorrer. Isto não e tão prejudicial assim.
Em torno do 17º dia eles já começaram a ficar na borda do
ninho, iniciando as primeiras batidas de asas. Em torno do 18º dia os primeiros
filhotes ensaiarão o abandono do ninho.
Os filhotes deixam o ninho entre 18º e o 20º dia. Em alguns
dias já estarão a se alimentar sozinhos e poderemos separá-los dos pais e
iniciarmos novo ciclo da reprodução com o mesmo casal.
Ø APÓS “DESMAME”
Os filhotes deverão ser colocados em voadeiras de 1m x 50cm
para que possam se exercitar, e voar. Os poleiros das voadeiras devem ficar em
torno de 9,0 cm de altura da grade de fundo para que os filhotes tenham espaço
livre para voar de uma lateral à outra de voadeira, ganhando com isso maior
consistência muscular.
O número aconselhável de filhotes novos de até 3 meses de
idade é de, no máximo, 15 por voadeira, devendo esta possuir 4 poleiros. Após
esta idade, o ideal e no máximo 13 filhotes por voadeira. Neste caso.
Poderemos reduzir para apenas 3 poleiros
por voadeira.
R E S U M O
ETAPAS DA CRIAÇÃO
RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES.
A separação dos filhotes precocemente pode causar a sua
morte prematura. Certifique-se de que estejam a comer bem sozinhos, observando
seu comportamento com relação à água, sementes e papa. Quando solicitam
insistentemente aos pais para que os alimentem é sinal de que ainda estão
dependentes.
Ao separar os filhotes procure não colocá-los juntos com
pássaros de idade muito diferentes. Sugiro
que essa diferença não seja superior a 20 dias. É uma questão de
competição e os mais velhos sempre levarão a melhor.
A higienização do material como poleiros, grades, bandeja e
do próprio cómodo, deve ser executada periodicamente a fim de evitar a
propagação de doenças.
A prevenção do desenvolvimento de ácaros, piolhos tipo
"vermelhinhos" e insectos dentro do criadouro é fundamental e pode ser
realizada de várias maneiras. A quarentena é a melhor maneira de se evitar
problemas futuros.
Recomendamos 30 dias de observação do exemplar recém
chegado, antes do introduzi-lo no plantel.
Verduras broculo, cenoura..., são muito úteis como
complemento alimentar. Usá-las com parcimônia e levar em conta que um canário
pesa por volta de 10 a 15 gramas, não deve comer uma folha inteira de couve ou
almeirão.
Padronize sua alimentação e desde que esteja a dar certo,
não mude. Existem milhares de fórmulas de papas.Com experiência, acabará
adotando "a sua própria", de acordo com as conveniências.
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